Planeta, recursos, resíduos ...como proceder “POR UM MUNDO MELHOR”
Planeta, recursos, resíduos ...como proceder “POR UM MUNDO MELHOR”
Por Renato Prado, Coordenador do Projeto Condomínio Sustentável |
Segundo o Instituto Akatu e o World Wildlife Found, a população total do planeta consome 20% a mais em recursos naturais do que é suportável, ou seja, passível de reposição. Além disso, seriam necessários mais quatro planetas Terra para que toda a população mundial tivesse o mesmo padrão de consumo dos norte-americanos e dos europeus.
A reflexão se faz necessária e urgente! Precisamos estimular a sociedade como um todo a refletir de forma concreta sobre suas reais necessidades de consumo, sobre as condições de trabalho existentes, sobre o “consumo sustentável”, sobre o esgotamento dos recursos naturais e sobre as questões de inclusão e exclusão social.
É possível vencer esse desafio por meio de ações cotidianas, concretas e voluntárias de “consumo consciente”, permitindo que qualquer pessoa contribua para a preservação do meio ambiente e para a melhoraria da qualidade de vida, transformando o consumo num verdadeiro instrumento de cidadania. De fato, todos podemos incorporar em nossas vidas a sustentabilidade inicial e perceber que esse processo já será um hábito.
“PEGADA ECOLÓGICA” o que é, qual a sua importância e como reduzi-la...
A análise da pegada ecológica consiste em uma metodologia que busca examinar “como a forma de vida das pessoas deixa rastros e marcas no meio ambiente”, estando diretamente “ligada, portanto, aos padrões de consumo dos indivíduos”. Não se trata de uma medida exata, mas sim de uma estimativa que “mostra até que ponto nossa forma de viver está de acordo com a capacidade do planeta de oferecer e renovar seus recursos naturais e de absorver os resíduos que geramos ao longo de vários anos”.
A análise da pegada ecológica surgiu como um instrumento adicional de avaliação ambiental integrada. Permitindo estabelecer, de forma quantitativa, um diagnóstico dos resultados das atividades humanas, assim como os custos relativos as apropriações de áreas naturais para a manutenção dos padrões de produção e consumo.
Elos com a natureza, mas onde vão parar os Resíduos?
Nas cidades as pessoas simplesmente esquecem-se dos elos com a natureza, na medida em que os alimentos são comprados em mercados, consumidos e seus resíduos despejados em lixeiras, muitas vezes consideradas como “sumidouros mágicos”, como se nelas acabasse o ciclo de vida dos produtos. Os dejetos “desaparecem” nos vasos sanitários, levados por uma quantidade razoável de água.
Assim, instrumentos como a educação ambiental, a legislação, as unidades de conservação, as certificações, a avaliação de impacto ambiental e o licenciamento ambiental, dentre outros, acabam apresentando resultados tímidos, sendo necessário, portanto, continuar a busca por novos instrumentos, além de aperfeiçoar os atualmente existentes.
Observar a relação de interdependência entre o ato de consumir e o impacto desse ato sobre o Planeta e as espécies que nele habitam, torna o “consumidor um agente de transformação do mundo”, a partir da incorporação desses elementos nas decisões de compra, bem como no descarte dos resíduos de produtos e serviços.