USO RACIONAL DA ÁGUA EM MEIO À PANDEMIA
Com a pandemia, a ordem é refletir sobre nossos hábitos de consumo.
- Helena Benaque -
A quarentena ou isolamento social, medida preventiva para conter a disseminação do coronavírus, vem exigindo cada vez mais adaptações ao novo estilo de vida em “confinamento”. Alterações na rotina das pessoas vêm modificando as exigências e criando novos e diferentes hábitos, tanto àqueles que podem e se mantém em isolamento social, quanto àqueles que necessitam sair de casa para trabalhar. As medidas de higiene estão mais intensas e o uso da água e do sabão é mais recorrente e necessário nos dias de hoje. Lavar as mãos, higienizar superfícies e ambientes de convívio bem como roupas e objetos usados são medidas mais usuais em qualquer lugar que se frequente. Além disso, é de se esperar que o aumento do número de pessoas em casa por um período maior do dia resulte em um aumento no uso de água e de energia também.
As adaptações atuais à quarentena, que já se estende há alguns meses, são diversas e vão desde trabalhos no estilo “home office” e aulas em EAD (Ensino a Distância), até períodos reduzidos de trabalho e distanciamento social. Dessa forma, o período em que as pessoas encontram-se em casa é bem maior, e hábitos que antes eram esporádicos hoje são rotineiros e ganham destaque no cenário atual.
A crise hídrica não é de hoje, os problemas regulares de abastecimento e saneamento sempre existiram, no entanto, a acessibilidade a esse recurso, em qualidade e quantidade necessária, se tornaram ainda mais relevantes diante das exigências da atual pandemia do coronavírus. A escassez desse recurso em diversas regiões do Brasil e do mundo é preocupante, e está diretamente relacionada às questões de saneamento e uso consciente.
Nesse cenário, existem algumas práticas simples que podem colaborar com a redução do consumo da água e otimizar sua utilização. Estas práticas podem ser aplicadas em qualquer residência, mesmo com a maior demanda de higienização das mãos, superfícies e objetos. Ainda, além de colaborar com a disponibilidade do recurso e manutenção do meio ambiente, ao reduzir os gastos, essas práticas beneficiam financeiramente também.
E quais são essas práticas?
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Reduzir o tempo gasto no banho;
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Fechar a torneira ao escovar os dentes ou lavar a louça;
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Fechar bem a torneira para evitar que fique gotejando;
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Evitar lavar a calçada e, quando necessário, não utilizar mangueiras, dando preferência à vassouras, baldes ou se possível máquinas de alta pressão.
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Reutilizar água da chuva ou até mesmo das máquinas de lavar para higienização dos pisos.
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Quando necessário lavar o carro evitar o uso de mangueiras e dar preferência aos baldes;
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Utilizar as máquinas de lavar em sua capacidade máxima;
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Se possível, utilizar a descarga com válvula de acionamento duplo;
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Atentar a possíveis vazamentos dentro de casa e consertá-los o mais rápido possível.
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Se possível, instalar redutores de vazão ou reguladores de fluxo nas torneiras.
Somando ao que já foi orientado, é importante ressaltar o nosso compromisso com o próximo e com o meio ambiente. Assim, identificar vazamentos e outras ações possíveis no seu bairro e lugares que frequenta, tomando as devidas providências, são medidas imprescindíveis de impacto positivo no sistema urbano de abastecimento, saneamento e saúde. Finalmente, tendo em vista a responsabilidade de cada um e a aplicação dessas práticas, o uso racional da água se torna ferramenta primordial para a obtenção de resultados eficientes e mais próximos de um mundo mais sustentável, agregando em acessibilidade ao recurso e em uma mínima qualidade de vida para quem se beneficia dessas ações.
Helena Benaque é educadora ambiental do Programa Condomínio Sustentável