Eficiência Energética

Para entendermos como as ações nessa área são imprescindíveis para mitigarmos o uso dos recursos naturais, precisamos saber o que significa. Eficiência energética consiste em obter o melhor desempenho na produção de um serviço com o menor gasto de energia.  Por definição, a eficiência energética consiste da relação entre a quantidade de energia empregada em uma atividade e aquela disponibilizada para sua realização.  É importante ressaltar que se eficiência é fazer mais com menos, ao apagar a luz, fechar a geladeira, ou tomar banho frio, na verdade, você está poupando energia. Embora o resultado final pareça o mesmo (redução da conta), a confusão entre os conceitos deve ser desfeita. Afinal, uma lâmpada apagada não é mais eficiente que uma acesa.

Agora, se avaliarmos a lâmpada LED, que pode apresentar redução de até 90% do consumo, com o mesmo nível de iluminação de lâmpadas incandescentes, temos um exemplo do que significa esta atitude. No entanto, este conceito não está associado apenas à eletricidade.

Anualmente, estima-se que 10% da energia gerada no Brasil seja desperdiçada pelos aparelhos que utilizamos na forma de calor, o Efeito Joule, e não realizam a sua função original. Aparentemente, estaríamos isentos desta perda, no entanto, veja estes questionamentos, “você se importou em pagar um pouco mais naquela eletrodoméstico que contém um selo PROCEL, garantindo que o produto consume menos energia?”, ou ainda, “na hora de comprar seu carro verificou se ele tinha o selo CONPET, para que estivesse economizando no futuro?”

Outros fatores mais sutis explicam muitos desperdícios. Um construtor barateia a construção não isolando o "boiler" e os canos de água quente, pois quem pagará pelo desperdício será o consumidor. Vale notar que esses efeitos se multiplicam à medida que a energia vai migrando por todos os setores da economia.

NA RESIDÊNCIA

Confira os gastos de alguns eletrodomésticos por mês:

Cooktop (68,55 kWh por mês)

Geladeira de duas portas frost-free (56,88 kWh por mês)

Lavadora de louças (30,86 kWh por mês)

Geladeira de uma porta (25,2 kWh por mês)

Forno elétrico (15 kWh por mês)

Micro-ondas (13,98 kWh por mês)

Ferro elétrico a vapor (7,2 kWh por mês)

Lavadora de roupas com tampa superior, de 10,1 a 16 kg  (de 0,15 a 0,47 kWh por ciclo de lavagem)

Lavadora de roupas com frontal, de 7 a 14 kg (de 0,13 a 0,38 kWh por ciclo de lavagem)

Tanquinho, de 5,1 a 10 kg (de 0,02 a 0,15 kWh por ciclo de lavagem)

O Selo Procel e as classificações

O Selo Procel de Economia de Energia, ou simplesmente Selo Procel, tem como finalidade ser uma ferramenta simples e eficaz que permite ao consumidor conhecer, entre os equipamentos e eletrodomésticos à disposição no mercado, os mais eficientes e que consomem menos energia. Criado pelo Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica – Procel, programa do Governo Federal executado pela Eletrobrás, o Selo Procel foi instituído por Decreto Presidencial em 8 de dezembro de 1993. 
A partir de então, foram firmadas parcerias junto ao Inmetro, a agentes como associações de fabricantes, pesquisadores de universidades e laboratórios, com o objetivo de estimular a disponibilidade, no mercado brasileiro, de equipamentos cada vez mais eficientes. Para isso, são estabelecidos índices de consumo e desempenho para cada categoria de equipamento. Cada equipamento candidato ao Selo deve ser submetido a ensaios em laboratórios indicados pela Eletrobrás. Apenas os produtos que atingem esses índices são contemplados com o Selo Procel. 
Então, ao adquirir um novo equipamento, procure sempre pelo Selo! Além de contribuir para o consumo sustentável de energia, você também vai economizar na conta de luz.

Procel Edifica

O Programa Nacional de Eficiência Energética em Edificações – PROCEL EDIFICA foi instituído em 2003 pela ELETROBRAS/PROCEL e atua de forma conjunta com o Ministérios de Minas e Energia, o Ministério das Cidades, as universidades, os centros de pesquisa e entidades das áreas governamental, tecnológica, econômica e de desenvolvimento, além do setor da construção civil.
O PROCEL promove o uso racional da energia elétrica em edificações desde sua fundação, sendo que, com a criação do PROCEL EDIFICA, as ações foram ampliadas e organizadas com o objetivo de incentivar a conservação e o uso eficiente dos recursos naturais (água, luz, ventilação etc.) nas edificações, reduzindo os desperdícios e os impactos sobre o meio ambiente.
O consumo de energia elétrica nas edificações corresponde a cerca de 45% do consumo faturado no país. Estima-se um potencial de redução deste consumo em 50% para novas edificações e de 30% para aquelas que promoverem reformas que contemplem os conceitos de eficiência energética em edificações.

Confira ações simples que farão diferença na sua conta de energia elétrica:

• Desligue o interruptor de luzes ao sair de um determinado ambiente.

• evite acender a luz durante o dia. Sempre que possível, utilize a iluminação natural abrindo janelas e cortinas.

• Desligue a televisão quando ninguém estiver assistindo. A televisão representa de 5% a 15% do consumo de uma residência.

• Evite ligar torneiras elétricas no verão, quando a água está mais quente.

• Sabemos que a água entra em ebulição, normalmente, a 100°C. Por isso, não adianta deixar o fogo alto ao preparar alimentos, pois a comida não cozinhará mais depressa. Cozinhe sempre em fogo baixo, assim você economizará gás.

• Quando o calor não estiver intenso, use um ventilador de teto ao invés do ar condicionado, pois o ventilador de teto gasta menos energia.

• Use lâmpadas LED, são as mais eficientes e econômicas atualmente.

• Procure comprar eletrodomésticos de baixo consumo energético e que possuam o selo do Procel, sendo a classificação: “A” (muito eficiente) e “E” (pouco eficiente)

• Desligue seus eletrodomésticos. Não deixe seus aparelhos em “standby”, pois as luzinhas vermelhas gastam energia.

• No inverno, regule a temperatura interna da geladeira e do freezer, pois ela não precisa ser tão baixa quanto no verão.

• Desligue a geladeira e o freezer quando viajar e se ausentar de sua casa por tempo prolongado.

• Tome banhos rápidos e dê preferência ao chuveiro, pois um banho de banheira consome mais energia e água que um banho de chuveiro.

• Coloque o chuveiro na posição “verão” quando o tempo estiver quente, pois o consumo de energia elétrica é 30% menor do que na posição “inverno”.

• Pendure a roupa ao invés de usar a secadora.

• Acumule bastante roupa para passar de uma só vez. Evite ligar o ferro várias vezes ao dia.

• Desligue o ferro de passar roupas da tomada quando não estiver em uso, pois sempre há consumo de energia.

• Deixe as roupas mais leves para passar por último, com o ferro já desligado, pois ele ainda estará quente.

• Desligue sempre o computador e o monitor quando for ficar muito tempo sem utilizá-lo.

• Quando precisar substituir seu velho monitor por um novo, dê preferência a um monitor de LED, que é mais econômico; além de ocupar menos espaço.

• Lembre-se sempre de desligar o ar condicionado ao se ausentar por mais de uma hora do local.

• Ao usar o ar condicionado, deixe sempre as portas e as janelas fechadas.

• Procure sempre deixar o filtro de seu ar condicionado limpo, pois quando ele está sujo representa muito mais gás carbônico na atmosfera.

• Retire o carregador do celular da tomada quando não estiver sendo usado, pois ele continua consumindo energia só por estar na tomada.

• Procure pintar os cômodos de sua casa com cores claras, que refletem a luz do sol e mantêm o ambiente claro por mais tempo.

• Evite utilizar papel alumínio, pois a transformação da bauxita em alumínio desperdiça muita energia. Além disso, a sua extração destrói grandes extensões de florestas.

• Escolha as frutas e os legumes da estação, que são mais saborosos e sua produção necessita de menos energia (combustível) com o transporte.

• Evite deixar aquecedores ligados por muito tempo.

• Use, quando possível, aparelhos que não precisem de pilhas. Use aparelhos movidos à energia solar.

• Use mais a escada ao invés do elevador. Assim, você faz um bom exercício e economiza energia.

• Abra a geladeira o menor número possível de vezes, cada vez que ela é aberta, perde ar frio e é invadida pelo ar quente de fora, o que lhe exige um esforço extra para refazer a temperatura anterior.

• Verifique o estado da borracha que veda o ar da sua geladeira. Falhas e folgas nessa borracha causam aumento do consumo de energia.

 

Energia Limpa

As energias limpas ou Renováveis não causam poluição pela emissão de substâncias poluidoras, e incluem as energias: solar, eólica, geotérmica, das marés ou maremotriz e hidráulica.

 Vejamos cada uma dessas energias limpas:

  • Solar: Recebemos do Sol uma quantidade 10 mil vezes maior de energia do que a necessária para a população mundial em um ano. Assim, toda essa energia pode ser aproveitada por meio de painéis com células fotovoltaicas. Essa energia térmica captada pode ser usada de modo direto em residências, como para aquecer a água do chuveiro ou aquecer ambientes, e pode também ser usada indiretamente para a geração de energia elétrica.

As principais vantagens são que depois de prontas para uso, não geram poluição alguma, seu impacto ambiental é insignificante e sua manutenção é bem barata.

  • Eólica: Sua matéria-prima é o vento, que é captado por uma turbina de duas ou três pás, ou seja, hélices presas em um pilar, chamadas de eólias. Seu rendimento depende da rapidez e constância dos ventos na região, o que requer uma análise desses dados antes desse sistema de energia ser implantado.

As vantagens principais da energia eólica são que o impacto ambiental é praticamente nenhum, e o custo de geração de eletricidade é baixo.

  • Geotérmica: A 64 km da superfície da Terra existe uma camada denominada magma, em que a elevadíssima temperatura ferve a água dos reservatórios subterrâneos. Assim, a energia geotérmica baseia-se na captação do vapor gerado nesses reservatórios por meio de tubos e canos apropriados. Esse vapor faz lâminas de uma turbina girar, e um gerador transforma a energia mecânica em elétrica.
  • Maremotriz: Esse tipo de energia é produzido por meio da instalação de turbinas perto dos mares, em que se produzirá energia elétrica por meio da energia potencial das ondas do mar. Porém, o seu rendimento é baixo e o fornecimento de energia não é contínuo.
  • Hidráulica: Esse tipo de energia é bem conhecido, sendo que ela é proveniente do movimento das águas. O seu rendimento é muito superior aos que foram mencionados até aqui. Porém, os seus impactos ambientais são imensos, incluindo destruição de ecossistemas, alteração de paisagens, alagamentos, bloqueio nos rios e deslocamento da população que morava no local onde a usina foi construída.
  • Biomassa: Inclui o uso de matéria orgânica, tais como restos de madeira, colheita, plantas, alimentos, animais e algas. A biomassa é constituída principalmente por elementos como carbono, hidrogênio, oxigênio e nitrogênio, estando o enxofre em menores proporções. Esse material orgânico pode ser transformado em combustíveis sólidos, líquidos e gasosos. O etanol, por exemplo, é produzido a partir da cana-de-açúcar, do milho, entre outras fontes. O biodiesel é outro exemplo, podendo ser produzido a partir de gorduras animais ou óleos vegetais, tais como o de soja, de amendoim, de algodão, de lama (dendê), de girassol, de mamona, etc.

Esses biocombustíveis representam uma melhoria dos gases de carbono emitidos para a atmosfera, minimizando o problema do efeito estufa e do aquecimento global, além de apresentar menor teor de enxofre. Mas eles causam desmatamento e aplicação de monoculturas.

  • Biodigestor: Trata-se de um tanque em que a matéria orgânica proveniente de dejetos é metabolizada por bactérias anaeróbias. O processo gera o biogás, substância inflamável produzida por micro-organismos, podendo ser usada como gás para fogão, combustível para motores de combustão interna e gerar energia elétrica.